Aqui, respira-se arte!

Projeto de vida do ator Luis Melo, singular espaço cultural em meio à natureza atrai também por uma cuidadosa arquitetura

Insta: CAMPO DAS ARTESLUIS MELORENATO SANTOROJOSÉ CARLOS SERRONI

Em São Luiz do Puruña, no município de Balsa Nova, a 40 quilômetros de Curitiba, está localizado um singular espaço cultural que chama atenção não só pela forma abrangente de abraçar as artes, como pela arquitetura de suas construções e também pela cuidadosa ocupação de seus espaços internos.

Batizado de Campo das Artes, o complexo tem tudo a ver com o nome: está em uma área de 164 mil metros quadrados e integra a Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana. É a consequência concreta de uma importante trajetória artística do ator curitibano Luis Melo.

É mais que isso: é o projeto de vida de Luis Melo, aberto tanto para a comunidade local como a nacional. Trata-se de um espaço que garante a tranquilidade para o desenvolvimento de projetos culturais e a infraestrutura necessária para o atendimento ao público visitante.

A ideia desse espaço surgiu em 2008 e, desde aquele momento, Luis Melo pensou em estruturá-lo em meio à natureza e também próximo à capital paranaense.

A ligação de Melo com a arquitetura fez com que ele participasse de todas as etapas de criação, junto ao arquiteto Renato Santoro e o arquiteto, cenógrafo e figurinista José Carlos Serroni.

O espaço principal do Campo das Artes já foi uma antiga estufa de bananas e a ideia foi a de fazer seu interior como uma extensão do exterior, além de preservar todas as características do local.

O resultado apresenta uma simplicidade que pode ser traduzida em elegância, aconchego e aquele toque de sofisticação na essência, que dispensa excessos. Com 12 ambientes, o Campo das Artes carrega um ar industrial e rústico graças à combinação da madeira com o concreto e com cerâmicas brancas.

Para a decoração, as inspirações vieram do próprio acervo de Luís Melo, com um grande volume de livros, mobiliário de época e obras de arte, permitindo uma decoração afetiva e cheia de memória.

O complexo possui locais como estufa, horta, alojamentos, recepção e espaço multiuso, que pode abrigar apresentações de teatro, música, workshops e outras manifestações artísticas. Há ainda a sala de produção e o ateliê que foram desenhados em formato de containers.

Em comum, todos os espaços foram pensados para inspirar os artistas com a beleza natural que faz parte da paisagem e, consequentemente, da sensação de tranquilidade em meio à natureza.

O trabalho do Campo das Artes envolve escolas, universidades e a própria comunidade local. Durante a pandemia, optou pelo formato virtual, mas no dia 11 de março deste ano, a Motra Por do Sol, com espetáculos, exposições e uma série de eventos integrados à programação do Festival de Curitiba, de certa forma inaugurou o Campo das Artes que, pela primeira vez, foi aberto ao público. A programação completa do centro cultural está em www.campodasartes.com.br

Texto produzido com base no texto do site do Campo das Artes e em matérias publicadas na Casa Vogue (por Emilia Jurach e no site Heloísa Tolipan)

FOTOS: EDUARDO MACARIOS

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