Arte entre muitas camadas

Ana Claudia Almeida impacta tanto com a solidez quanto fluidez de seus trabalhos, sucesso em galerias brasileiras e no exterior

Insta: ANA CLAUDIA ALMEIDAQUADRA GALERIAINHOTIMDERI ANDRADE

Ensaios sobre Paisagem, exposição coletiva que foi inaugurada na Galeria do Lago, em Inhotim, sob curadoria de Deri Andrade, no último dia 13 de abril apresenta, entre outros importantes trabalhos, os de Ana Claudia Almeida (1993) como um espaço de convergência do olhar do público ao visitar a mostra.

A artista carioca tem a pintura e o desenho como seus pontos de partida. Através deles cria superfícies que, dentre suas múltiplas possibilidades, possuem camadas que revelam a atuação de um tempo estendido ou do clima; apreendem em si solidez, fluidez e o que se encontra entre ambos.

Interessa a ela explorar materialidades através do movimento e da gestualidade. Seu trabalho incorpora papel, plástico, pastéis e óleo, abrangendo vários meios. Nele, o movimento é fator importante: Ana Claudia Almeida cria uma pintura que faz o olho percorrer um caminho, como se fosse uma dança estática.

As investigações de Almeida procuram resistir e perturbar o papel dominante que a funcionalidade desempenha na forma como os objetos são compreendidos, envolvendo a tensão dinâmica entre interior e exterior, indivíduo e ambiente.

Formada em Desenho Industrial com graduação sanduíche pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Virginia Commonwealth University, cursa o Mestrado em Pintura, em Yale, New Haven (MFA Candidate, Painting and printmaking).

Co-fundadora do coletivo Trovoa, participou das residências Pivô Pesquisa, Valongo Festival Internacional e C.M.A. Hélio Oiticica. A artista já foi indicada ao Prêmio Pipa em 2020 e foi finalista do Prêmio EDP das Artes em 2018.

Já expôs em diversas instituições como: Fundação de Arte de Niterói, e dentre as principais coletivas das quais participou estão instituições como MAM-RJ, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial do Rio de Janeiro, Museu da República, Galpão Bela Maré e Solar do Abacaxis.

Em 2021 a artista teve um dos seus trabalhos em grande formato inserido no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR – RJ), apresentou Buracos, Crateras e Abraços, exposição individual na Quadra, participou da coletiva Electric Dreams na Galeria Nara Roesler, com curadoria de Raphael Fonseca e assinou um projeto site specific premiado pelo edital Piscina no espaço Auroras (SP) ao lado da artista Carla Santana.

FOTO DE CAPA – GABRIEL ARAÚJO

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