Palácio para todos

Com belíssima exposição de esculturas do artista mineiro Amílcar de Castro, Palácio das Mangabeiras se transforma em Parque do Palácio

Insta: PARQUE DO PALACIOINSTITUTO AMILCAR DE CASTRO

Até bem pouco tempo, a população conhecia o Palácio das Mangabeiras só do muro para fora. A gente passava por ele, no bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte, e sempre comentava: “Como será que é lá dentro?”. 
Ao longo de sua história, o endereço era reservado para uso dos governadores mineiros, até que, em 2019, ele abriu seus portões, pela primeira vez, para a realização da CASACOR Minas, que fez lá também a edição de 2021 e fará novamente a edição de 2022.

Mesmo assim, o público com acesso a esses generosos 40 mil m², com uma vista privilegiada tanto para a cidade como para a serra do Curral, continuou sendo restrito aos visitantes da mostra.
A partir do próximo domingo, dia 10, inicia-se uma nova página desse enredo. É nesse dia que será anunciado o Parque do Palácio, espaço destinado para ser o mais novo centro cultural da capital mineira. A ocasião será para convidados e a abertura para o público será anunciada em breve.

A data marca também a abertura da exposição de um dos mais importantes artistas brasileiros do século 20, Amílcar de Castro. “Desde o momento em que foi definido que a CASACOR Minas seria no Palácio das Mangabeiras, em 2019, já prevíamos fazer uma exposição com obras do Amílcar em comemoração ao seu centenário naquele ano”, lembra João Grillo, à frente da Multicult, que realiza também a CASACOR Minas, empresa especializada em planejamento, curadoria e articulação de projetos nas áreas de Design, Cultura, Arquitetura e Contemporaneidade.

A ideia só não foi para frente à época, porque no meio do caminho, a pandemia do Covid alterou rumos e projetos por todo canto. E, se atualmente não faz mais sentido falar em centenário do artista, continua fazendo sentido realizar ali, uma exposição com suas obras. “Estamos falando de um lugar que parece feito sob medida para um jardim de esculturas, como já existem outros, em outras cidades brasileiras e também no exterior”, comenta João Grillo.

No caso do palácio, os jardins têm projeto de Burle Marx, embora nunca tenham sido integralmente executados. Uma das propostas agora é finalmente concluí-los e, após esta primeira exposição, prosseguir com outras mostras de arte, tendo a escultura como foco principal. Além do aspecto cultural, criação do parque também contempla a ideia do lazer, tanto contemplativo, como recreativo, somando ainda a gastronomia, com restaurante, bar e espaço para pic nic.

Ganha o turismo de modo geral. Afinal, também estamos falando de uma construção atribuída a Oscar Niemeyer, emoldurada pelos já mencionados jardins de Burle Marx, e uma proposta que inclui conforto e infraestrutura para receber os visitantes.

FOTOS: JOMAR BRAGANÇA

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