Em seu ambiente para a CASACOR Minas 2025, Sérgio Viana propõe um ambiente que conecta o visível e o sensorial
Insta: SERGIO VIANA – CASACOR

Quem já ficou hospedado em uma bela suíte de hotel sabe o poder que uma arquitetura de interiores tem no nosso imaginário e nas sensações que ela pode nos provocar. Para projetar a Suíte Hotel Ouro do Cerrado, que faz parte da CASACOR Minas 2025, o arquiteto Sérgio Viana buscou inspiração, conhecimento técnico, experiência e muito estudo, ingredientes necessários para que o resultado fosse perfeito. E conseguiu.



A inspiração veio do ciclo do ouro, das pinturas barrocas do século XVIII, da atmosfera dos grandes hotéis do interior mineiro, com ambientes que convidam à permanência. Para dar o clima que pretendia, ele escolheu uma paleta de cores que vão do do marrom profundo ao dourado envelhecido, passando pelos beges e mostardas, evocando assim a paisagem mineral do cerrado e a densidade simbólica do barroco.


Os materiais sobrepostos também foram pensados para criar uma narrativa tátil e contida: camurça, tecidos devorê, madeira natural, espelhos envelhecidos, iluminação indireta e tapete sob medida. O ambiente foge do convencional e ousa na medida: claramente não é uma suíte de uma casa, é para ser mesmo sentida e vivenciada como esse lugar mágico que Sérgio Viana conseguiu traduzir com riqueza de detalhes.



A iluminação é outro fator importante que mereceu muita atenção. Ela foi pensada para criar cenas específicas – do momento de leitura ao descanso – e desenhada a partir de dois princípios: a leveza formal e a qualidade da luz. Ela não disputa com o espaço: respira junto com ele. É assim que o projeto de Sérgio Viana para a CASACOR Minas 2025 propõe um território entre o visível e o sensorial, conectando a história de minas à arquitetura contemporânea.


FOTOS – JOMAR BRAGANÇA