Por quê importa?

Dunia Zaidan na CASACOR Minas 2025 rompe com  ideia que associa neutralidade à elegância reafirmando o valor da expressão individual

Insta: DUNIA ZAIDANCASACOR MINAS

Dizem que as histórias mais cativantes são as que se assemelham a uma montanha russa emocional. A alegria da montanha russa está longe do fato que ela seja uma ameaça de um acidente qualquer, óbvio. Mas a tensão do tipo ‘essa coisa vai fazer que eu ache que posso despencar lá de cima, mas eu sei onde eu vou desembarcar sem um arranhão sequer’ é que mexe com a nossa percepção e nos faz vibrar no final. Essa metáfora pode muito bem traduzir o projeto assinado pela arquiteta Dunia Zaidan para a CASACOR Minas 2025, que se tornou um case de opiniões controvertidas: tem quem ame, tem quem odeie.

Subvertendo a lógica de que chic é ser bege ou cinza, por exemplo, Dunia quis com seu ‘Quarto de Estar’ nome que foi dado ao ambiente, romper com essa ideia que associa neutralidade à elegância, reafirmando em seu lugar, o valor da personalidade e da expressão individual.

Em seu espaço na mostra, a arte e o design figuram como ferramentas para a liberdade formal assumir o protagonismo. E assim, o design deixa de ser apenas funcional para se tornar um manifesto, capaz de romper normas, provocar sentidos e expressar a liberdade de quem cria e de quem habita.

A liberdade está, por exemplo em criar um tatame vermelho que se desdobra em cama e escrivaninha, ou mesmo na cortina (aliás bem interessante) que faz as vezes da porta do armário de roupas. E mesmo que aí também tenha uma provocação, as peças de design e as obras de arte que estão ali reforçam ainda mais essa proposta. Autores icônicos reconhecidos mundialmente têm suas peças presentes, como é o caso da poltrona Sam Son, de Konstantin Grcic, da Karuselli, de Yrjö Kukkapuro, da luminária Toio de Achille Castiglioni, da cadeira Domus do Ilmari Tapiovaara e da belíssima Akari, do Isamu Noguchi.

E, no final das contas, porque isso importa? Porque viver na mesmice é chato, seja em que esfera for. Quando um projeto de arquitetura de interiores mexe com a gente porque narra histórias, porque mostra algo ou que já ouvimos falar ou quem ainda nem conhecíamos, porque acrescenta sob vários aspectos, sim, isso importa e é sempre necessário.

FOTOS – JOMAR BRAGANÇA

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