A arquitetura do jazz

Online e gratuito, Tudo é Jazz 2021 acontece nos dias 16 e 17 de junho, com curadoria de Túlio Mourão

Insta: Festival Tudo é Jazz

Uma mistura fina e perfeita: a histórica e deslumbrante cidade de Ouro Preto, jazz de primeiríssima, músicos daqui e de vários cantos do planeta e gente que gosta de música boa. O Tudo é Jazz começou assim, em 2002, revelando uma programação ambiciosa e diversa, o que tornou o festival uma referência, indicando sempre o que de melhor vem sendo produzido na música instrumental no mundo.

No comando de tanta efervescência musical, Maria Alice Martins, a Biiça, a grande criadora do festival e que nos deixou em novembro do ano passado, vítima da Covid 19. Mentora e coordenadora desse vultoso encontro entre a música, a cidade e o público, Biiça sempre foi a alma do Tudo é Jazz. Não apenas porque era uma grande gestora cultural, mas principalmente porque amava a cultura, a música e amava Minas. E foi, sem dúvida, a responsável por inserir Ouro Preto e Belo Horizonte nos catálogos mundiais de cultura.

Tive a oportunidade de acompanhar os primeiros anos bem de pertinho como mestre de cerimônias do evento, a convite de Biiça. Eu subia no palco invariavelmente muito nervosa e, ao mesmo tempo, maravilhada com aquilo tudo, para apresentar o lineup do dia. A curadoria impecável de Biiça, que apresentava artistas consagrados e novos nomes, associaram o Tudo é Jazz, desde o começo, aos eventos mais importantes de difusão de músicos ainda pouco conhecidos na cena instrumental contemporânea.

Incrível como é a vida. Hoje estou aqui, no Tendências, ao lado do Leopoldo Gurgel, falando do Tudo é Jazz, que também faz parte de uma parte importante da vida dele, embora a gente não tenha se conhecido à época. Respiramos aquela atmosfera mágica em momentos diferentes. Presente em várias edições, ele estava sempre rodeado de amigos criativos que os acompanhavam ao festival, a convite de Biiça, que se tornou uma grande e saudosa amiga para o Leopoldo também.

Para se ter uma ideia da importância do Tudo é Jazz, ele é reconhecido com o selo de qualidade da prestigiada revista norte-americana Down Beat, que o elegeu entre os 10 melhores festivais de jazz do mundo. O festival tem levado para a cidade histórica e também para Belo Horizonte, artistas aclamados no mundo todo. Ao mesmo tempo, ele se notabilizou por distinguir na sua programação talentos nacionais e internacionais ainda pouco conhecidos do grande público e da mídia. Assim, tornou-se também uma referência de imensa qualidade para novos artistas do jazz, sempre com uma profunda conexão com o público.

E como, com a pandemia todo mundo aprendeu que dá para ficar em casa, mas não dá para ficar sem arte, o Tudo é Jazz, este ano, mais uma vez, acontece 100% online. A curadoria é do renomado músico e colaborador frequente do festival, Túlio Mourão. A programação realça artistas consolidados do instrumental nacional ao lado de talentos mineiros. As apresentações acontecem entre os dias 16 e 17 de junho, a partir das 20 horas, pelo canal do festival no YouTube e também pelo site do Tudo é Jazz, onde você confere a programação.

Passagem de som do show de Chico Amaral Quarteto. Vídeo Carol Braga.

Serviço:

Tudo é Jazz Festival

Onde: Canal do YouTube Tudo é Jazz Festival e pelo site do Tudo é Jazz. Links abaixo:

YouTube

Site 

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