Longe de modismos, apartamento do designer de interiores Belchior Almeida respira brasilidade, autenticidade para criar a beleza vive no possível
Insta: BELCHIOR ALMEIDA – PRAZADO NEXO ARQUITETURA
Os 45 m2 desse apartamento, em Copacabana, Rio de Janeiro, definem bem o proprietário, Belchior Almeida. Mais do que um lar, o espaço é ocupado como estúdio criativo e laboratório de experimentação e pode ser definido como uma síntese da sua filosofia sobre o morar.
Para o designer de interiores e diretor criativo, cada escolha – da cor terracota da cozinha à parede em reboco aparente – expressa o que norteia seu trabalho e são eleitas como matérias-primas de tudo o que ele faz: memória, identidade e brasilidade.
O projeto valoriza o design brasileiro contemporâneo, com peças de autores diversos como Studio Pedro Leal, Gustavo Bittencourt, Marcos Husky e Estúdio Simbiose. Elas convivem com objetos garimpados e lembranças afetivas, criando uma combinação entre o artesanal e o sofisticado e assim refletindo o olhar que Belchior defende de uma brasilidade viva, contrastante e sensível.
O ambiente foi pensado para despertar sensações. Para Belchior, não só em sua casa, mas em outros trabalhos que executa, é importante não apenas projetar espaços, mas criar estados de espírito.
O profissional dá especial atenção às texturas, à iluminação e aos materiais naturais, elementos que evocam o toque, a memória e a experiência tátil. “O design precisa ser sentido. A beleza, sozinha, não basta se não houver emoção”, comenta. É assim que ele é reconhecido: pelo poder de criar uma estética autoral e pela capacidade de unir design, cultura e emoção em projetos que traduzem a brasilidade contemporânea através de atmosferas que provocam, acolhem e inspiram.
Nascido no interior do estado e criado no subúrbio do Rio de Janeiro, Belchior é fundador e diretor criativo da Prezado Nexo Arquitetura, escritório com atuação nacional. Seu repertório é pautado pelos contrastes, já que sua visão não vem do cartão-postal da cidade, mas da inventividade das casas simples, dos quintais e do improviso como forma de beleza e resistência. “Eu venho de um lugar onde o improviso era sobrevivência, e isso moldou minha forma de criar. Aprendi que o belo também nasce do possível”, resume.
No Instagram do designer, é compartilhado todo seu processo criativo e o cotidiano da sua casa em Copacabana, consolidando sua assinatura imagética e sensorial no cenário do design contemporâneo.
Fotos:
